Laboratório Fleury Oferece um Novo Tipo de Teste de Diagnóstico da COVID-19
WhatsApp10 de junho de 2020
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Por Marcelo de Valécio | ictq.com.br
O laboratório Fleury revelou que começou a oferecer em sua rede um novo tipo de teste para a Covid-19 que analisa proteínas do novo coronavírus. Já um grupo de cientistas liderado pelo médico Fernando Thome Kreutz, fundador do grupo FK-Biotec, afirma ter criado teste inédito que identifica o grau de imunidade à doença.
O grupo de medicina diagnóstica Fleury informa que passou a oferecer um novo tipo de teste de diagnóstico da Covid-19 que analisa proteínas do novo coronavírus diretamente de amostras clínicas do trato respiratório. Assim como o teste molecular, além de ser um método altamente confiável e servir como alternativa para falta de insumos do exame RT-PCR considerado padrão-ouro, o teste por proteômica desenvolvido, segundo a empresa, em tempo recorde de apenas dois meses, consegue democratizar o acesso a todos os públicos em diferentes regiões do Brasil.
Também recomendado para pessoas que apresentam sintomas da Covid-19 nos primeiros três a sete dias, o teste é realizado a partir de amostra de raspado de nasofaringe ou orofaringe – material obtido da mucosa do fundo do nariz ou da garganta com uma haste flexível (cotonete estéril). O exame apresenta sensibilidade próxima a do RT-PCR que detecta o RNA do vírus, mas o processamento do teste por proteômica é totalmente automatizado, reduzindo os riscos na manipulação das amostras, no tempo de análise e mantendo a confiabilidade dos resultados.
“O método por proteômica é uma vantagem para o consumidor final, bem como para laboratórios com dificuldades de armazenamento das amostras a temperaturas adequadas e transporte. Sua tecnologia apresenta alta especificidade, o que abre perspectiva para uma alternativa de testagem em massa com alto rendimento, possibilitando encontrar a solução de como fazer a saída gradual e segura do isolamento social”, explica Celso Granato, infectologista e diretor Clínico do Grupo Fleury. “A vantagem do teste por proteômica é que os seus reagentes não competem com os do RT-PCR. A possibilidade de detectar um novo marcador além do RNA abre novas perspectivas no seguimento da dinâmica do vírus e seu potencial infectante”, completa.
A descoberta inaugura caminho para expandir análises de fisiologia do vírus e seu potencial infectante, abrindo oportunidade para novas perspectivas da dinâmica da doença no mundo. A empresa revela que tem potencial para analisar mais de 1.500 amostras por dia com o novo teste.
Método criado no Sul do Brasil identifica grau de imunidade à Covid-19
Um teste inédito desenvolvido no Rio Grande do Sul por cientistas liderados pelo médico Fernando Thome Kreutz, professor licenciado da PUC-RS e fundador da empresa de biotecnologia Imunobiotec, determina se a pessoa desenvolveu anticorpos contra a proteína S do novo coronavírus. O teste leva cerca de duas horas para ser realizado e o resultado fica pronto em até seis horas.
O teste laboratorial, que utiliza tecnologia nacional, é capaz identificar e quantificar a presença de anticorpos tipo IgG, contra a proteína S, que é responsável pela entrada do novo coronavírus nas células. Segundo os cientistas da Imunobiotec, esse fator é extremamente importante, visto que a maioria dos testes imunológicos disponíveis no mercado não quantifica o nível de anticorpos contra a proteína S e nem avalia a possibilidade de imunidade contra o vírus.
Segundo os pesquisadores, os testes rápidos produzem resultado a partir da identificação de anticorpos contra a proteína N da Covid-19. Essa proteína se encontra no interior do coronavírus e sinaliza que a pessoa teve contato com ele, mas não dá informação sobre a imunidade contra o vírus, porque os anticorpos contra a proteína N não são neutralizantes.
Já o teste da Imunobiotec é capaz é identificar e quantificar a presença de anticorpos que reagem contra a proteína S da Covid-19. Segundo os cientistas, estudos vêm apontando que pacientes que têm esses anticorpos, podem apresentar imunidade contra a doença, e dessa forma não a desenvolveriam ou a transmitiriam.
Segundo Alberto Stein, médico do grupo de pesquisa da FK-Biotec e que colaborou no desenvolvimento do teste, a inovação está pronta para ser disponibilizada à população. Foram feitas as testagens e validações estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com amostras de vários pacientes, em diferentes níveis de evolução da doença. “Nesse momento, está ocorrendo a transferência dessa tecnologia para laboratórios de análises clínicas, que irão executar o teste”, explica Stein.