COVID-19 e transtornos mentais: os impactos da pandemia na mente humana
WhatsApp26 de abril de 2022
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O surgimento da pandemia da COVID-19 tornou-se o marco de uma das graves crises sanitárias da história da humanidade. Desde 2020, o vírus SARS-CoV-2 gerou milhões de infectados e mortos ao redor do mundo, além de gerar diversas medidas emergenciais que modificaram a rotina e o estilo de vida das pessoas nas mais diversas esferas da sociedade.
Porém, a pandemia não gerou à sociedade apenas danos ligados diretamente à contaminação pelo vírus, mas diversas consequências geradas com o surgimento da crise. Dentre elas, os impactos na saúde mental evidenciaram-se como aspectos a serem acompanhados com atenção em meio à crise sanitária, devido às circunstâncias de restrição de contato social vivenciadas durante a pandemia.
Os impactos da pandemia na saúde mental
Diante do cenário vivenciado durante a crise da pandemia da COVID-19, a saúde mental tornou-se um aspecto a ser acompanhado com atenção. A ascensão da crise sanitária demonstrou a necessidade de ações visando diminuir os impactos da pandemia relacionados aos transtornos psicológicos. Aspectos como o estresse econômico, a insegurança em relação ao emprego e ao desemprego, o isolamento social, entre outros, ampliaram as possibilidades de crescimento a longo prazo do número de pessoas afetadas pela ansiedade, por distúrbios relacionados a trauma e estresse, além de um potencial aumento no número de suicídios ao redor do mundo (KOLA et al, 2021).
Nesse sentido, alguns desses impactos já podem ser percebidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), foi possível perceber um aumento de 25% no número de casos de depressão e ansiedade ao redor do mundo durante a pandemia. Segundo a OMS, aspectos como o isolamento social, restrições de trabalho e de acesso a pessoas próximas e às suas comunidades, sentimentos de solidão, sofrimento e medo de morte foram alguns dos aspectos impulsionadores para o crescimento desses transtornos psicológicos ao redor do mundo.
O impacto da pandemia na saúde mental de crianças e adolescentes
Ao refletir sobre a saúde mental em períodos de crise como a pandemia de COVID-19, um cuidado necessário a ser avaliado está ligado diretamente aos impactos na saúde mental de crianças e adolescentes.
No período da infância e, até mesmo da adolescência, o sistema nervoso central de um indivíduo está ainda em um processo de desenvolvimento vulnerável, no qual a presença de qualquer tipo de desafio estressante em períodos críticos pode ocasionar reações fisiológicas em curto e longo prazo, além de danos cognitivos e comportamentais nesses indivíduos.
Além disso, a adolescência é um período considerado de grande aprendizado em relação ao ambiente social, em que aspectos de cognição social ainda estão se desenvolvendo, como, por exemplo, a compreensão acerca das emoções, intenções e crenças de outros indivíduos. (FIGUEIREDO et al, 2021)
Diante disso, é possível perceber os diversos impactos que o cenário da pandemia gerou ao restringir o acesso de muitas crianças e adolescentes a elementos essenciais para o seu desenvolvimento. Durante esse período, a interação de crianças e adolescentes com seus pares foi limitada, sendo substituída em grande parte por interações virtuais. Embora essas interações possam desenvolver conectividades cerebrais, estudos têm comprovado a importância das rotinas escolares como um mecanismo de controle e enfrentamento ao desenvolvimento de transtornos psicológicos em jovens.
Além disso, devido às diversas mudanças biológicas ocasionadas nessa fase da vida, o período da adolescência caracteriza-se como uma etapa de idade máxima para o desenvolvimento de transtornos como o déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), ansiedade, humor e esquizofrenia, além de ser um período de alto risco em relação ao abuso de substâncias e comportamentos suicidas.
Assim, o apoio social, principalmente no contexto familiar torna-se um aspecto essencial não apenas no período vivenciado durante a pandemia, mas nos períodos subsequentes, sendo os impactos positivos dos pais uma das formas descritas como mais positivas para o combate aos impactos negativos vivenciados durante esse período. (FIGUEIREDO et al, 2021)
Os impactos do isolamento no organismo humano e na saúde mental
Outro fator a ser considerado para o crescimento no número de pessoas afetadas por transtornos mentais durante a pandemia da COVID-19 são os impactos do isolamento social no organismo humano.
Nesse sentido, é possível demonstrar que a deficiência em vitamina D tem papel influente na elevação de sintomas depressivos relacionados ao estresse. Essa vitamina está envolvida em aspectos importantes para o desenvolvimento de sintomas depressivos, como o sistema serotoninérgico, influenciando, através dela, no metabolismo da serotonina e na manutenção do ritmo circadiano.
Dessa forma, com o isolamento social adotado em parte do período da pandemia, houve uma redução no tempo gasto ao ar livre e na possível exposição solar, podendo ter sido insuficiente em alguns casos para manter as concentrações necessárias de vitamina D em alguns indivíduos.
Assim, vale ressaltar que, independentemente do momento vivenciado, caso a deficiência da presença da vitamina D no organismo seja confirmada, medidas como a suplementação podem ser consideradas, visando equilibrar sua presença no organismo, contribuindo com a diminuição dos riscos da saúde física e mental desse indivíduo. (CEOLIN et al, 2021)
A importância do cuidado com a saúde de forma integral
A pandemia de COVID-19 demonstrou que os impactos de uma crise sanitária não afetam apenas diretamente uma área da saúde, mas podem afetar o bem-estar de um ser humano nas mais diversas áreas e até mesmo de forma total.
Diante disso, a percepção de que o cuidado com a saúde é um cuidado integral, que precisa ser monitorado de forma a gerar um bem-estar completo a um indivíduo, pode gerar diversos benefícios tanto para a prevenção contra doenças, como a COVID-19, quanto para o cuidado da saúde física e mental de forma completa na vida de uma pessoa.
Assim, ao priorizar uma cultura de cuidado com a sua saúde, uma pessoa pode preservar o seu bem-estar, diminuindo riscos mesmo em momentos de graves crises.
Responsável: Rafael Castro
Supervisão técnico-científico: Guilherme L. T. Nunes
Supervisão Geral: Kátia Delgado
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Referências:
Ceolin G, Mano GPR, Hames NS, Antunes L da C, Brietzke E, Rieger DK, et al. Vitamin D, Depressive Symptoms, and Covid-19 Pandemic. Front Neurosci. 2021 May 13;15.
de Figueiredo CS, Sandre PC, Portugal LCL, Mázala-de-Oliveira T, da Silva Chagas L, Raony Í, et al. COVID-19 pandemic impact on children and adolescents’ mental health: Biological, environmental, and social factors. Prog Neuro-Psychopharmacology Biol Psychiatry. 2021 Mar 2;106.
Kola L, Kohrt BA, Hanlon C, Naslund JA, Sikander S, Balaji M, et al. COVID-19 mental health impact and responses in low-income and middle-income countries: reimagining global mental health. Vol. 8, The Lancet Psychiatry. Elsevier Ltd; 2021. p. 535–50.