Dengue e COVID-19: quais as principais diferenças entre elas?
WhatsApp19 de agosto de 2022
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Nos últimos anos, o Brasil tem vivenciado o crescimento de duas doenças em especial em todo o território nacional. Desde o ano de 2020, devido ao surgimento da pandemia de COVID-19, ocasionada pelo vírus SARS-CoV-2, o país precisou enfrentar grandes mudanças e danos em várias áreas da sociedade, gerando, até o presente momento, mais de 680 mil mortes, além de diversos impactos sociais e econômicos.
Além disso, com diversos esforços sendo direcionados para o combate à pandemia da COVID-19, foi possível presenciar durante esse tempo o crescimento de outra doença que já havia gerado diversas epidemias ao longo da história do país. Durante o ano de 2022, até a semana epidemiológica 29, o Brasil apresentou um considerável aumento de casos de dengue, totalizando 1.288.403 casos prováveis de infecção pela doença. Esses dados são alarmantes pois representam um aumento de 195,3% no número de casos em relação ao mesmo período do ano anterior (2021). Dessa forma, a partir do crescimento de ambas as doenças nos últimos tempos no Brasil e o impacto causado por elas de forma concomitante no país, torna-se necessário conhecer cada uma de forma mais aprofundada, bem como as diferenças existentes entre elas.
A transmissão do vírus
Para que seja possível conhecer mais acerca da dengue e da COVID-19 e das suas principais diferenças, um dos principais fatores que necessitam ser analisados é a forma como o vírus é transmitido para o ser humano. Em relação a isso, torna-se necessário destacar que essas duas doenças possuem características distintas. Embora a dengue e a COVID-19 sejam doenças infecciosas virais, as formas como os vírus responsáveis pela doença causam a infecção são diferentes.
No caso da COVID-19, é possível destacar que essa doença é tipificada como infecciosa viral e a infecção aguda se desenvolve a partir da transmissão do vírus por vias respiratórias. Em relação à contaminação, ela ocorre por meio do contato com o vírus, ocasionado por partículas e secreções contaminadas que são transmitidas pelo ar.
Por outro lado, a dengue também é uma doença tipificada como infecciosa viral, porém a infecção aguda se desenvolve nessa doença a partir da transmissão do vírus por vetor. Nessa doença, o principal agente transmissor responsável pela doença é o mosquito Aedes aegypti e, no processo de infecção, o mosquito infectado transporta o vírus (que estava contido no sangue de um ser humano infectado previamente) até um novo hospedeiro, que desenvolve a infecção após ser picado pelo mosquito Aedes aegypti.
Sintomas da dengue e da COVID-19
Embora ambas as doenças possuam sintomas em comum, torna-se necessário compreender as principais diferenças entre elas para que seja possível diferenciar a dengue e a COVID-19 em caso de suspeita de infecção. Dessa forma, segundo a Organização Mundial da Saúde, em relação à COVID-19, os principais sintomas vinculados à doença são febre, cansaço e tosse seca. Ademais, outros sintomas que costumam estar ligados à COVID-19 porém menos comuns são a perda do paladar e do olfato, congestão nasal, conjuntivite, dor de garganta, dor de cabeça, dores nos músculos e nas juntas, diferentes tipos de erupção cutânea, náusea ou vômito, diarreia, calafrios ou tonturas.
Já no caso da dengue, os sintomas mais comuns ligados à doença são dor de cabeça severa, dor atrás dos olhos, dores musculares e articulares, náusea, vômito, glândulas inchadas e irritação na pele. Caso haja o agravamento da doença, outros sintomas podem ser acrescentados, como dor abdominal constante, vômito persistente, respiração rápida, sangramento nas gengivas ou nariz, fadiga, inquietação, aumento do fígado e sangue no vômito ou nas fezes.
Coinfecção (Dengue e COVID-19 ao mesmo tempo). É possível?
Em relação à transmissão e à infecção do vírus, um aspecto que torna-se necessário analisar é a possibilidade de coinfecção - infecção simultânea - de dengue e COVID-19. Acerca desse assunto, estudos têm observado a ocorrência desse fenômeno em alguns pacientes a partir da confirmação da infecção por meio de testes diagnósticos. Como exemplo disso, um estudo destacou o caso de três membros de uma família - 2 homens e 1 mulher - que tiveram a infecção confirmada para ambas as doenças (QUENTAL et al, 2021). Porém, torna-se necessário ressaltar que as análises acerca da coinfecção - independentemente das doenças envolvidas - costumam estar baseadas apenas em relatos confirmados, possuindo apenas poucas informações acerca do quadro desenvolvido pelos pacientes infectados simultaneamente por dois vírus diferentes. Entretanto, por não existir um estudo mais aprofundado e sistematicamente observado, ainda se carece de um aprofundamento acerca de como ocorre esse fenômeno.
Diferenças nos modos de prevenção à dengue e à COVID-19
Outro fator que deve ser levado em consideração ao comparar as doenças da dengue e da COVID-19 são as formas de prevenção. Devido às diferenças existentes na forma de transmissão dos vírus da dengue e da COVID-19, as formas de prevenção também acabam possuindo diferenças consideráveis.
Em relação à dengue, grande parte das medidas de prevenção estão ligadas ao combate ao Aedes aegypti, mosquito vetor da doença. Para isso, evitar ambientes que possibilitem a propagação do mosquito são fundamentais, evitando a permanência de focos de água parada. Além disso, outras ações de prevenção contra a dengue a serem adotadas são a utilização de repelente e a colocação de telas em janelas e portas.
Já no caso da COVID-19, pela infecção ocorrer por transmissão respiratória, outras medidas de prevenção costumam ser adotadas. Entre elas, as mais comuns e conhecidas pela população em geral são a utilização de máscaras de proteção e a higienização constante das mãos e de objetos, além do não compartilhamento de objetos de uso pessoal (talheres, copos, toalhas, entre outros). Ademais, vale relembrar que, nos momentos de maior restrição da pandemia de COVID-19, o uso do distanciamento e isolamento social também foi utilizado para buscar diminuir o crescimento rápido no número de casos da doença.
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Responsável: Rafael Castro.
Suporte técnico-científico: Giovanni Pereira de Andrade.
Supervisão geral: Kátia Delgado.
Referências:
Quental KN, Leite AL, Feitosa A do NA, Oliveira ZNP de, Tavares LV de S, Tavares WG de S, et al. SARS-CoV-2 co-infection with dengue virus in Brazil: A potential case of viral transmission by a health care provider to household members. Vol. 40, Travel Medicine and Infectious Disease. Elsevier Inc.; 2021.
https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/o-que-e-o-coronavirus
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue
https://climaesaude.icict.fiocruz.br/tema/vetores-0
https://www.paho.org/pt/covid19
https://www.unicef.org/brazil/prevencao-e-combate-ao-aedes-aegypti
https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/dengue-and-severe-dengue