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O que você precisa saber sobre dengue

17 de maio de 2022


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O que você precisa saber sobre dengue

A cada ano, 700.000 mortes em todo o mundo têm como sua principal causa as doenças transmitidas por vetores, que tendem a ocorrer em regiões tropicais e subtropicais e costumam atingir principalmente as populações mais pobres. Essas doenças possuem um grande impacto,  sendo que 17% das mortes relacionadas a todos os tipos de doenças infecciosas virais foram as transmitidas por vetores. 

Ao longo dos anos, tem sido possível identificar, ao redor do mundo, surtos desse tipo de doenças, ocasionando diversos infectados e mortos, além de gerar  sobrecarga em sistemas de saúde. Dentre elas, é possível destacar a dengue. Até o presente momento, no ano de 2022, o número de casos de dengue no Brasil já apresentou taxas 135,1% superiores aos registrados no mesmo período do ano anterior. A partir disso, diante do momento em que estamos vivendo no país, torna-se necessário compreender mais sobre essa doença e o que pode ser feito para preveni-la. 

 

VETOR E DENGUE 

Para que se possa conhecer de forma mais aprofundada o que é a dengue como doença transmitida por vetor, torna-se necessário, primeiramente, entender o que pode ser definido como um vetor. De acordo com a definição da Organização Mundial da Saúde, vetores podem ser considerados organismos vivos capazes de transmitir patógenos infecciosos entre seres humanos ou entre um animal e um humano. 

Em grande parte dessas doenças, os vetores são compostos por insetos que ingerem microorganismos causadores de doenças após sugarem o sangue de um ser vivo infectado (ser humano ou animal) e, depois disso, transmitem para outro ser vivo. Dessa forma, esses vetores são capazes de transmitir o patógeno pelo resto da sua vida. No caso da dengue, o Aedes aegypti é capaz de transmitir o vírus por um período de 8 a 12 dias após a incubação. 

A partir disso, a dengue pode ser considerada a principal infecção viral transmitida por mosquitos Aedes. Atualmente, mais de 3.9 bilhões de pessoas em mais de 129 países possuem o risco de contrair dengue, com a estimativa de que, a cada ano, 96 milhões de casos e 40.000 mortes sejam registrados.

 

INFECÇÃO PELA DENGUE 

O vírus responsável por causar a dengue também é conhecido como DENV. A incidência dessa doença tem apresentado um crescimento dramático, com cerca de metade da população mundial suscetível a desenvolver a doença. Em todo o mundo, a estimativa anual é de que 100 a 400 milhões sejam infectadas pelo vírus da dengue, porém 80% dessas infecções tendem a se desenvolver de forma leve ou assintomática. 

Nesse sentido, a dengue possui 4 tipos de sorotipos - vírus da mesma espécie, mas que o sistema imune responde de forma diferente para cada sorotipo. Por meio desses sorotipos, um indivíduo tem a possibilidade de ser infectado quatro vezes. Após uma primeira infecção (dengue primária), a defesa imune gerada é capaz de exercer proteção, caso ocorra uma nova infecção contra o mesmo sorotipo, porém não será capaz de gerar proteção no caso de infecção por um sorotipo diferente (dengue secundária). 

 

SINTOMAS DA DENGUE: 

Segundo a Organização Mundial da Saúde, caso uma pessoa esteja apresentando sintomas, deve-se suspeitar de dengue a partir da presença de um quadro de febre alta (40º C) acompanhado por 2 ou mais sintomas no período de 2 a 7 dias. Entre esses sintomas estão: dor de cabeça severa, dor atrás dos olhos, dores musculares e articulares, náusea, vômito, glândulas inchadas e irritação na pele. 

Além disso, casos graves da doença, como a dengue hemorrágica, costumam apresentar alguns outros sintomas, como dor abdominal intensa, vômito persistente, respiração rápida, sangramento nas gengivas ou nariz, fadiga, inquietação, aumento do fígado, e sangue no vômito ou nas fezes. 

Em um estudo, utilizando o método de coorte longitudinal (n=8002), Katzelnick LC et al (2017) mostrou que o nível de anticorpos anti-DENV preexistentes pode estar diretamente associado à gravidade da dengue secundária em humanos. Destaca-se que o índice imunológico para intensificação da dengue hemorrágica é distinto daquele índice que conferiria proteção. Assim, quantidades altas de anticorpos seriam protetoras, já anticorpos em níveis baixos seriam incapazes de gerar proteção ou teriam pouco potencial neutralizante. 



 

VACINAÇÃO CONTRA A DENGUE: 

Devido aos níveis de anticorpos mais baixos ou por possuírem pouco potencial neutralizante, é possível que em uma nova infecção possa aumentar o risco do desenvolvimento de uma infecção mais grave de dengue. Dessa forma, torna-se importante que, para os indivíduos que já tenham contraído dengue, ocorra a aplicação de uma vacina que tenha o devido registro nas autoridades sanitárias do país. 

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção contra Doenças dos Estados Unidos, a recomendação é que a aplicação da vacina, conhecida como Dengvaxia, ocorra apenas após a comprovação laboratorial do contato com o vírus - por meio de testes como o RT-qPCR, teste de antígeno para a proteína NS1 e/ou teste IGM positivo ou por comprovação de infecção passada por IgG positivo. 

 

PREVENÇÃO CONTRA A DENGUE 

Uma das principais formas de prevenir a dengue e outras doenças transmitidas por vetor é a eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti. Dessa forma, o cuidado com locais que possuem armazenamento de água e saneamento contribuem para o controle dessas doenças em níveis comunitários. 

Nesse sentido, é necessário estar atento a focos de água parada, mantendo caixas d' água, tonéis e cisternas tampados adequadamente. Além disso, outras alternativas para o combate à dengue podem ser a utilização de telas em janelas e portas e a utilização de repelente. 

Portanto, nesse momento de crescimento dos casos da dengue no Brasil,  torna-se necessário tomar os cuidados necessários para a prevenção da doença, contribuindo para que a dengue possa ser controlada da maneira mais efetiva possível no país. 

 

Responsáveis: Rafael Castro 

Suporte técnico-científico: Guilherme L. T. Nunes 

Supervisão geral: Kátia Delgado. 

 

Referências: 

 

https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/dengue-and-severe-dengue

 

https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/vector-borne-diseases

 

https://www.unicef.org/brazil/prevencao-e-combate-ao-aedes-aegypti

 

Katzelnick LC, Gresh L, Halloran ME, Mercado JC, Kuan G, Gordon A, et al. Antibody-dependent enhancement of severe dengue disease in humans [Internet]. Available from: http://science.sciencemag.org/

O WH. Vector-borne diseases, Key Facts, WHO, Geneva. 2020;(March). Available from: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/vector-borne-diseases

Paz-Bailey G, Adams L, Wong JM, Poehling KA, Chen WH, Mcnally V, et al. Morbidity and Mortality Weekly Report (MMWR).

WHO. Dengue and severe dengue. Who [Internet]. 2016;1–21. Available from: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs117/en

 


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