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Como avaliar uma infecção anterior ao vírus da dengue?

08 de agosto de 2022


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Como avaliar uma infecção anterior ao vírus da dengue?

Diante do crescente número de casos de dengue durante o ano de 2022 (até a semana epidemiológica 29, o número de infecções apresentaram um aumento de 195,33% em relação ao mesmo período do ano anterior), tem sido cada vez mais necessário aprofundar o conhecimento acerca da doença que tem atingido todas as regiões do território brasileiro.

Entre os temas relativos a essa doença que necessitam ser compreendidos de forma mais aprofundada, o conhecimento acerca do diagnóstico correto da infecção pela dengue é essencial. Assim sendo, o diagnóstico de infecção pelo vírus da dengue costuma ser realizado durante o período de sintomas que configuram uma suspeita de dengue, porém, torna-se necessário compreender também se, após um longo período da suspeita de infecção, ainda é possível avaliar uma infecção prévia do vírus.

Diagnóstico de infecção anterior ao vírus da dengue: é possível?

Para que se possa compreender se é possível avaliar posteriormente uma infecção anterior ao vírus da dengue, é essencial, primeiramente, entender por quais motivos essa possibilidade torna-se necessária.

Dessa forma, cabe destacar que a dengue é uma doença composta por quatro sorotipos diferentes - 1, 2, 3 e 4. Esses sorotipos podem ser definidos como quatro vírus de uma mesma espécie, que estão relacionados, mas que interagem de formas distintas com os anticorpos encontrados no soro do sangue humano. Ao ser infectada pela primeira vez pelo vírus da dengue, uma pessoa costuma gerar uma proteção duradoura contra o mesmo sorotipo que a infectou, porém, em relação aos demais sorotipos, essa proteção tende a ser breve (de 2 a 3 meses) e, após esse período, é possível observar a possibilidade de aumento no risco de agravamento da doença em uma segunda futura infecção.

 

Saiba mais sobre sorotipos da dengue clicando no link abaixo: 

https://imunobiotech.com.br/blog/o-que-sao-sorotipos-da-dengue-/52

 

Dessa forma, a confirmação de uma infecção primária pelo vírus da dengue é um elemento fundamental para que uma pessoa possa realizar as medidas de proteção adequadas. Entre essas medidas, destaca-se a aplicação da única vacina disponível no Brasil com registro na ANVISA, denominada de Dengvaxia®, que, devido ao aumento do risco após o primeiro contato com o vírus da dengue, só pode ser aplicada em pacientes que possam comprovar uma primeira infecção da doença.

Além disso, quando buscamos compreender se é possível avaliar uma infecção prévia pelo vírus da dengue mesmo após um longo período de tempo, por meio de alguns estudos têm sido possível perceber a predominância de anticorpos anti-dengue em pacientes mesmo após 70 anos do registro de uma infecção primária. Outro fator relevante constatado por meio desses estudos é a tendência da prevalência de 96,61% dos anticorpos anti-dengue mesmo após três anos de infecção (MA et al, 2022).

Em relação a esses anticorpos anti-dengue, é importante ressaltar que eles são classificados como anticorpos do tipo IgG. Os níveis desses tipos de anticorpos costumam ser consideravelmente menores em uma primeira infecção do que em uma segunda infecção, costumando atingir o seu pico em 2 semanas após o início dos sintomas e iniciando uma diminuição lenta após um período de três meses. Porém, como demonstrado por Ma et al (2022), mesmo com a diminuição no nível de anticorpos, eles ainda tendem a permanecer ao longo do tempo.

Assim sendo, a presença desses anticorpos mesmo após um longo período da infecção primária pelo vírus da dengue demonstra que é possível diagnosticar uma contaminação prévia pelo vírus da dengue, mesmo após um tempo considerável da suspeita de infecção aguda.

 

Como avaliar infecção prévia pelo vírus da dengue?

Como destacado anteriormente, a presença de anticorpos IgG anti-dengue são essenciais para averiguar uma proteção e um contato prévio com a doença mesmo após um longo período. Para que se possa avaliar uma imunidade a longo prazo e uma infecção prévia ao vírus, torna-se necessário a realização do teste de detecção de anticorpos IgG. Cabe ressaltar que, para um resultado correto, torna-se necessário a realização do teste após um período de 21 dias do início dos sintomas.

Além disso, torna-se relevante ressaltar a existência de outros testes de diagnóstico de dengue aguda, sendo alguns dos principais o teste de antígeno NS1, teste IgM e teste RT-qPCR. Esses testes possuem como finalidade averiguar uma infecção que está ocorrendo no momento ou, no caso do teste IgM, para diagnosticar uma infecção que tenha ocorrido recentemente.

 

Saiba mais sobre imunidade à dengue clicando no link abaixo: 

https://imunobiotech.com.br/blog/imunidade-a-dengue-o-que-uma-pessoa-precisa-saber-sobre-uma-protecao-duradoura-contra-a-doenca/56


Responsável: Rafael Castro. 

Suporte técnico-científico: Guilherme L.T. Nunes. 

Supervisão Geral: Kátia Delgado.


Referências: 

https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/boletins-epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-epidemiologico-vol-53-no29/view

Guzman MG, Halstead SB, Artsob H, Buchy P, Farrar J, Nathan MB, et al. Europe PMC Funders Group Dengue : a continuing global threat Europe PMC Funders Author Manuscripts. Nat Rev Microbiol. 2010;8(12 0):7–16.

Ma Y, Li M, Xie L, Gao N, Fan D, Feng K, et al. Seroepidemiologic study on convalescent sera from dengue fever patients in Jinghong, Yunnan. Virol Sin. 2022 Feb 1;37(1):19–29.

Ngeh J, Gupta S, Goodbourn C. The reproducibility of an enzyme-linked immunosorbent assay for detection of Chlamydia pneumoniae-specific antibodies.


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