Exames para detecção de anticorpos: Qual a diferença entre os testes rápidos sorológicos e o ImunoScov19?
WhatsApp23 de dezembro de 2021
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Em meio à pandemia da COVID-19, diversos testes surgiram no intuito de desenvolver alternativas para o combate ao vírus SARS-CoV-2. Com diferentes características e potencialidades, cada vez mais tem sido necessário conhecer como são cada um desses testes e as suas aplicações corretas. Compreender as especificidades desses testes, bem como as diferenças entre eles, são essenciais para evitar que conclusões e decisões inadequadas sejam tomadas. Nesse sentido, iremos abordar neste texto sobre os testes para detecção de anticorpos, mais especificamente os testes rápidos sorológicos e o ImunoScov19.
Os testes rápidos sorológicos de anticorpos
Os testes rápidos sorológicos de anticorpos destacam-se por sua facilidade, praticidade e velocidade. O teste é realizado através da retirada de uma pequena amostra de sangue após uma picada no dedo do paciente, com o resultado qualitativo, saindo no período de 10 a 15 minutos. Além disso, o seu preço costuma ser mais barato que os demais.
Nesse sentido, os testes sorológicos rápidos são úteis para verificar algum contato prévio com o vírus da COVID-19 e para analisar a distribuição das doenças na população. Porém, esses testes não são recomendáveis para quem busca ter valores quantitativos precisos de anticorpos, bem como para quem busca verificar se possui alguma proteção já desenvolvida contra a doença.
Isso acontece porque a grande maioria dos testes sorológicos rápidos, detectam os anticorpos que ligam-se à proteína N. Assim são eficientes em demonstrar se uma pessoa já teve contato com o vírus, mas não para averiguar com precisão a capacidade do organismo desenvolver uma resposta imune ao vírus.
O SARS-CoV-2, vírus causador da COVID-19, possui, além da proteína N e de outras proteínas, a proteína Spike (S), que é responsável pela ligação e introdução do material genético do vírus na célula e, consequentemente, pelo desenvolvimento da COVID-19. Desta forma, a proteína S é parte essencial para a avaliação da resposta imune contra o vírus SARS-CoV-2, e é a proteína alvo desse vírus utilizada na produção de vacinas como Astra-Zeneca, Pfizer, Janssen e muitas outras.
Nesse sentido, uma pesquisa divulgada pela Vaccine demonstrou que o nível de anticorpos contra a proteína Spike (S) tem forte correlação com uma melhor resposta do organismo contra o vírus SARS-CoV-2. Utilizando o ensaio ELISA para quantificar esses anticorpos - o mesmo método utilizado no ImunoScov19 -, a pesquisa comparou os níveis de anticorpos contra a proteína S com os resultados da eficácia pós-vacina (utilizando 7 vacinas aplicadas mundialmente). Dessa forma, concluiu-se que detectar e quantificar anticorpos contra a proteína S é uma ferramenta robusta para predizer o quadro clínico que uma pessoa poderá desenvolver em relação à COVID-19.
Assim sendo, para descobrir a potencialidade de uma resposta imune à doença, torna-se necessário detectar e quantificar os anticorpos que sejam capazes de neutralizar o vírus, característica que pode ser encontrada nos anticorpos contra a proteína S do vírus SARS-CoV-2. (Amanat, Stadlbauer, et al., 2020; Okba et al., 2020).
Para saber mais, acesse nosso outro artigo no blog:
https://imunobiotech.com.br/blog/testes-para-covid19-voce-sabe-quando-realizar-cada-um-deles/29
ImunoScov19
Diferentemente dos testes sorológicos rápidos, o ImunoScov19 quantifica anticorpos contra a proteína S total do vírus (responsável pela ligação e introdução do material genético na célula). Devido a essa identificação, o ImunoScov19 consegue detectar mais de 50 tipos de anticorpos diferentes, incluindo todos os neutralizantes e outros que auxiliam no combate ao vírus.
Assim sendo, o ImunoScov19 é um teste com uma alta sensibilidade - capacidade de identificar corretamente indivíduos com imunidade ao vírus -, alcançando a taxa de 98,2%, sendo, dessa forma, capaz de detectar precisamente anticorpos e, consequentemente, o nível de proteção do sistema imune de uma pessoa contra o SARS-CoV-2. Além disso, no Relatório de Imunidade, o ImunoScov19 avalia e categoriza o indivíduo em um dos três grupos (e quatro níveis) de imunidade: Pacientes sem resposta imune detectável, pacientes com imunidade cruzada (nível 1 e 2) e pacientes com resposta imune compatível a pós-infecção ou pós-vacinação. Vale destacar que entende-se imunidade cruzada por um fenômeno que acontece quando anticorpos já desenvolvidos pelo sistema de defesa reagem contra um novo vírus, nesse caso, o SARS-CoV-2, ou quando o organismo entra em contato com o SARS-CoV-2 mas não o suficiente para gerar uma resposta imune robusta.
Outro aspecto importante para o ImunoScov19 é a sua facilidade, podendo ser realizado através da autocoleta em casa. Nesse sentido, o material de coleta utiliza uma amostra de sangue seco depositado em papel filtro especial que, posteriormente, é enviado para análise em um laboratório de análises clínicas independente.
Portanto, além de ser um teste com alta capacidade de precisão para diagnosticar o nível da resposta imune de um paciente contra o vírus SARS-CoV-2, o ImunoScov19 possibilita a sua realização da forma mais segura possível em meio às limitações impostas pela pandemia de COVID-19.
A importância de analisar a sua imunidade
Em meio às circunstâncias atuais, cuidar e monitorar a saúde tornou-se cada vez mais essencial. A pandemia despertou, ainda mais, a necessidade do ser humano estar preparado e se sentir mais protegido em relação a sua saúde. Nesse sentido, os testes contra a COVID-19 e, em especial, os testes para detecção de anticorpos tornaram-se ferramentas necessárias para o controle da doença e o cuidado com a saúde.
No período inicial da pandemia, alguns testes, entre eles os testes rápidos sorológicos de anticorpos, contribuíram para monitorar o nível do contágio da população, principalmente no período em que a contaminação avançava e poucas soluções de combate ao vírus existiam. Porém, após o surgimento e a disseminação em massa das vacinas contra a COVID-19, a necessidade de avaliar o seu nível de imunidade tornou-se cada vez mais essencial como forma de trazer segurança e proteção para cada indivíduo. Assim sendo, o ImunoScov19 apresenta-se como uma solução de alta precisão para detecção da resposta imune contra a COVID-19 disponível à população, contribuindo, assim, para a busca pelo controle da pandemia na sociedade.
Referências:
https://imunobiotech.com.br/blog/testes-para-covid19-voce-sabe-quando-realizar-cada-um-deles/29
https://coronavirus.saude.mg.gov.br/blog/68-teste-rapido-covid-19
Amanat, F., Stadlbauer, D., et al. (Ϯ0Ϯ0) ‘A serological assay to detect SARS-CoV-2 seroconversion in humans’, Nature Medicine, 26(7), pp. 1033–1036. doi: 10.1038/s41591-020-0913-5.
Kristen A. Earle, Donna M. Ambrosino, Andrew Fiore-Gartland, David Goldblatt, Peter B. Gilbert, George R. Siber, Peter Dull, Stanley A. Plotkin, Evidence for antibody as a protective correlate for COVID-19 vaccines, Vaccine, Volume 39, Issue 32, 2021, Pages 4423-4428, ISSN 0264-410X, https://doi.org/10.1016/j.vaccine.2021.05.063.
Responsável: Rafael Castro