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Imunidade e COVID-19: o que você precisa saber

28 de janeiro de 2022


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Imunidade e COVID-19: o que você precisa saber

Desde o surgimento da pandemia de COVID-19, reforçar os cuidados com a saúde tornou-se algo fundamental na vida de todas as pessoas. Com a disseminação do SARS-CoV-2, ter uma proteção adequada contra este novo vírus virou o principal anseio de grande parte da sociedade. Dessa forma, a busca por informações acerca da imunidade à COVID-19 e do desenvolvimento da sua própria resposta imune tornaram-se necessárias para que cada pessoa pudesse ter uma noção mais clara sobre a sua saúde em meio à pandemia, bem como para direcionar ações que pudessem ampliar a sua  margem de segurança em meio a este período de exceção. 

 

O que é imunidade? 

 

Primeiramente, para que possa ser compreendido de forma mais aprofundada o desenvolvimento da imunidade no contexto da COVID-19, faz-se necessário entender o que é a imunidade. 

Podemos definir imunidade como mecanismos utilizados pelo nosso organismo para a proteção contra possíveis invasores, como microorganismos e células estranhas. Esses microorganismos, denominados de antígenos, possuem moléculas capazes de acionar o sistema imune de um organismo. 

Dessa forma, o sistema imunológico é uma forma de defesa do organismo contra esses invasores, impedindo o desenvolvimento ou a progressão de doenças, sendo composto, principalmente, por células de defesa, anticorpos, glóbulos brancos, além de órgãos e barreiras físicas, como a pele e o revestimento dos órgãos. 

 

Como ocorre o desenvolvimento da imunidade à COVID-19?

 

No processo de desenvolvimento da imunidade, o sistema imune aprende a reconhecer os organismos invasores, no caso o vírus SARS-CoV-2, produzindo anticorpos específicos aos fragmentos de proteínas do vírus causador da COVID-19. Dessa forma, essa defesa é capaz de impedir tanto a reprodução do vírus quanto a reinfecção pelo SARS-CoV-2. (Callaway, 2020; Hall et al. , 2021)

Outro aspecto relevante em relação à produção de anticorpos específicos para o desenvolvimento da imunidade à COVID-19, é a necessidade da produção de anticorpos especificamente contra a proteína Spike (S) do vírus. 

A proteína S é a parte do vírus responsável pela ligação e a introdução do SARS-CoV-2 na célula humana. Assim sendo, para que um organismo desenvolva uma boa resposta imune para a COVID-19, torna-se essencial a presença de anticorpos que possam se ligar especificamente a essa proteína, sendo esses chamados de anticorpos neutralizantes, devido a sua capacidade de neutralizar a ação do vírus no organismo humano. 

 

Imunidade à COVID-19 e vacinas 

 

A partir disso, no processo de combate à pandemia, as vacinas tornaram-se uma das principais ferramentas para o desenvolvimento de imunidade à COVID-19 e a proteína Spike (S) tornou-se parte essencial para o desenvolvimento de todas as vacinas que atualmente estão sendo distribuídas no mundo. 

De acordo com um relatório da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido, estudos demonstraram que a vacinação tem se mostrado eficiente em prevenir a infecção e a transmissão do SARS-CoV-2, sendo essa eficiência influenciada essencialmente pelos resultados positivos das vacinas em produzir anticorpos contra o SARS-CoV-2. Assim sendo, demonstra-se a importância do desenvolvimento de anticorpos neutralizantes para o desenvolvimento da imunidade à COVID-19. 

Colaborando com estes resultados, outra pesquisa realizada com pessoas vacinadas com uma das 7 vacinas disponibilizadas mundialmente atestou que pelo menos metade das pessoas vacinadas apresentaram o mesmo nível de imunidade de pessoas que se curaram da COVID-19, com uma boa resposta de anticorpos neutralizantes. (Khoury et al., 2021). 

 

Imunidade e as variantes do SARS-CoV-2 

 

Desde o início da pandemia, a sociedade precisou conviver com diversas variantes do vírus SARS-CoV-2 e, em meio ao combate à COVID-19, a dúvida de que as potencialidades das variantes pudessem afetar a imunidade já conquistada, seja por uma infecção anterior ou por vacinação, tornou-se uma preocupação para muitas pessoas. 

Nesse sentido, cabe ressaltar que, devido às mutações, algumas variantes podem ter uma maior capacidade de propagação, mesmo em pessoas com algum nível de resposta imune desenvolvida. Isso pode ser atestado em relação à variante Ômicron, em que dados demonstraram uma maior capacidade de transmissibilidade da Ômicron em relação às variantes Delta e Beta. (He X,2021)

Porém, pela grande quantidade de epítopos presentes na proteína S que não sofreram mutações nas variantes do SARS-CoV-2, mesmo com a variação na eficácia de algumas vacinas frente às novas cepas, torna-se fundamental ressaltar que os anticorpos neutralizantes produzidos pelas vacinas são fundamentais para o combate à COVID-19, mesmo com as mutações observadas nas novas variantes. 


 

Por que é importante avaliar a imunidade à COVID-19? 

 

Diante do cenário atual, avaliar a imunidade à COVID-19 é fundamental não apenas para averiguar o atual nível de proteção contra o SARS-CoV-2, mas também por possibilitar o acesso a dados fundamentais para o cuidado com a saúde, dando suporte para o monitoramento e projeções futuras em relação à esta imunidade , além de auxiliar na tomada de decisões realizadas com o apoio de orientação médica. 

Nesse sentido, faz-se necessário que a avaliação da imunidade seja realizada de forma assertiva, possibilitando ao indivíduo o acesso às informações necessárias de forma aprofundada. 

Assim sendo, torna-se possível avaliar a imunidade à COVID-19 através do ImunoScov19, que não apenas define a presença de anticorpos contra a proteína S do vírus, mas é capaz de quantificar os anticorpos contra essa proteína e, assim,  categorizar o paciente em níveis de imunidade. 

Dessa forma, ao receber o resultado, o paciente irá ser categorizado em 3 grupos (e 4 níveis) de imunidade: Imunidade não detectável, Imunidade Cruzada Nível 1 e 2 - quando os anticorpos já produzidos reagem ao novo vírus, no caso, o SARS-CoV-2 - e Imunidade compatível a pós-infecção ou pós-vacinação. 

Outro aspecto relevante a ser considerado é a capacidade do exame ImunoScov19 detectar mais de 50 tipos diferentes de anticorpos, possibilitando que, mesmo com as mutações presentes nas novas variantes, ainda seja possível detectar a presença de anticorpos com capacidade de neutralizar o vírus em áreas que não sofreram mutações.  Assim sendo, o ImunoScov19 é um exame capaz de detectar imunidade à COVID-19 mesmo diante das novas variantes. 


 

 

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Referências: 

 

https://coronavirus.saude.mg.gov.br/blog/156-aumentar-imunidade-mitos-verdades

 

https://assets.publishing.service.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/1043608/Vaccine_surveillance_report_-_week_51.pdf

 

Callaway, E. (2020). The race for coronavirus vaccines: a graphical guide. Nature, 580(7805). https://doi.org/10.1038/d41586-020-01221-y

 

Hall, V. J., Foulkes, S., Charlett, A., Atti, A., Monk, E. J., Simmons, R., Wellington, E., Cole, M. J., Saei, A., Oguti, B., Munro, K., Wallace, S., Kirwan, P. D., Shrotri, M., Vusirikala, A., Rokadiya, S., Kall, M., Zambon, M., Ramsay, M., … Heeney, J. (2021). SARS-CoV-2 infection rates of antibody-positive compared with antibody-negative health-care workers in England: a large, multicentre, prospective cohort study (SIREN). The Lancet. https://doi.org/10.1016/s0140-6736(21)00675-9

 

Khoury, D. S., Cromer, D., Reynaldi, A., Schlub, T. E., Wheatley, A. K., Juno, J. A., Subbarao, K., Kent, S. J., Triccas, J. A., & Davenport, M. P. (2021). Neutralizing antibody levels are highly predictive of immune protection from symptomatic SARS-CoV-2 infection. Nature Medicine, 27(7), 1205–1211. https://doi.org/10.1038/s41591-021-01377-8

 

He X, Hong W, Pan X, Lu G, Wei X. SARS‐CoV‐2 Omicron variant: Characteristics and prevention. MedComm. 2021;2(4):838–45.

 

Responsável: Rafael Castro 

Supervisão: Kátia Delgado 


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