Os rumos da saúde: como a pandemia transformou o futuro da ciência
WhatsApp12 de abril de 2022
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O surgimento da pandemia de COVID-19 mudou a forma como a sociedade estava acostumada a viver. Como uma consequência já esperada do despertar das grandes crises mundiais, a sociedade precisou de novas alternativas para viver em um novo contexto que emergia e que demandava adaptação para enfrentar os novos desafios.
Nas mais diversas áreas da sociedade, diversos esforços tiveram que ser implementados para responder de forma rápida e assertiva aos problemas encontrados nesse cenário e, em meio a maior crise sanitária dos últimos tempos, a ciência era, sem dúvida, um dos agentes mais importantes para conter os danos causados pela pandemia.
Após mais de dois anos do início da pandemia de COVID-19 e com a possibilidade de avistar o fim da crise sanitária, já é possível traçar um panorama geral e analisar as transformações ocorridas na ciência ao longo desse período da história da humanidade.
As descobertas e as inovações científicas
Ao procurar pontos positivos diante de um período tão turbulento da história da humanidade, em relação à ciência, é possível perceber novas descobertas e inovações científicas que contribuíram não apenas para o controle da pandemia, mas que possibilitaram ganhos para o futuro da ciência e dos cuidados da saúde. Dentro disso, é possível destacar alguns pontos que geraram transformações na ciência em meio à pandemia.
Vacinas de RNA
Uma das grandes inovações desenvolvidas e disponibilizadas à sociedade em meio à pandemia de COVID-19 foram as vacinas de RNA. Em uma lista desenvolvida pela Massachusetts Institute of Technology (MIT) destacando algumas das maiores inovações do ano de 2021, as vacinas baseadas no RNA Mensageiro foram destaque.
Nessa lista, o renomado Instituto de Tecnologia destacou que a tecnologia baseada no RNA Mensageiro vem sendo desenvolvida nos últimos 20 anos e foi utilizada para desenvolver duas das vacinas mais eficazes contra a COVID-19.
Assim, o uso do RNA Mensageiro não demonstrou apenas uma solução para o combate ao SARS-CoV-2, mas para o desenvolvimento de meios para o combate a outras doenças, como a malária, e correções genéticas baratas contra doenças como a doença falciforme. Além disso, o MIT destacou a facilidade que as vacinas contra a COVID-19, baseadas no RNA Mensageiro, possuem para serem rapidamente modificadas visando enfrentar vírus modificados do SARS-CoV-2.
Inteligência Artificial para estrutura de proteínas
Em meio à pandemia de COVID-19, a Google e a EMBL-EBI desenvolveram, por meio da inteligência artificial, a AlphaFold2. Essa inovação é capaz de descobrir estruturas de proteínas em um período curto de tempo. Essa atividade que, anteriormente levaria um longo prazo para ser realizada, agora é possível ser realizada rapidamente de forma a projetar novos medicamentos e analisar vacinas para uma ampla gama de doenças, incluindo a COVID-19.
Monitoramento de variantes da COVID-19
Outro elemento relevante a ser ressaltado foi o número de investimentos sem precedentes em sequenciamento genômico. Durante a pandemia de COVID-19, foi ampliada consideravelmente a capacidade desse tipo de monitoramento em todo o mundo, possibilitando que os cientistas conseguissem rastrear a propagação do SARS-CoV-2 na sociedade e identificassem rapidamente novas variantes, possibilitando que medidas de contenção fossem realizadas em um curto espaço de tempo.
A ciência em um mundo remoto
Com a disseminação do SARS-CoV-2 em todo o mundo, grande parte das atividades na sociedade precisaram se adaptar ao modo remoto. Essas necessidades causaram grandes desafios, mas houve o crescimento de novas possibilidades e inovações na sociedade que facilitassem o acesso das pessoas à ciência.
Nesse sentido, é possível destacar o crescimento das consultas online no período da pandemia. Um exemplo disso pode ser demonstrado a partir dos dados coletados por um centro acadêmico sem fins lucrativos localizado na cidade de Nova York, o New York-Presbyterian/Weill Cornell Medical Center (NYP/WCM).
Segundo a instituição, durante a pandemia de COVID-19, em comparação ao período anterior à crise sanitária, foi possível perceber um aumento de 8729% nas consultas por vídeo. Além disso, foi possível perceber que o nível de satisfação dos clientes por meio das consultas por vídeo foi consideravelmente maior do que as consultas realizadas presencialmente. (RAMASWAMY et al, 2020)
Outro fator relevante a ser considerado foi o surgimento da realização de exames enviados por correio. Um estudo realizado visando testar soluções para serviços DST em tempos de pandemia de COVID-19 ressaltou a eficácia da realização de testes inovadores que não necessitavam de visitas pessoais para serem implementados.
Além disso, um outro estudo realizado em Oregon distribuiu 248 kits para testes domiciliares de HIV, possuindo resultados positivos no feedback de participantes, que consideraram o teste fácil e conveniente, podendo ser realizado com segurança e privacidade. (MELENDEZ et al, 2021)
A realização da autocoleta de sangue a domicílio para exames diagnósticos é o método utilizado pela Imunobiotech na realização dos seus testes. Esse método pode ser destacado no ImunoScov19, exame que permite que um indivíduo colete sangue para testagem no laboratório e avalie a sua imunidade à COVID-19 sem ter a necessidade de sair de sua casa.
Como será construído o futuro da ciência?
Em uma reflexão sobre o papel da ciência para o futuro dos países, Kieny et al (2020) destaca que a ciência não é apenas um dos principais motores da economia, mas uma das maiores manifestações de humanidade.
Nesse artigo, os autores destacam que a ciência tem sido vista, esporadicamente, apenas como uma resposta às emergências causadas pelo surgimento de novas doenças.
Porém, após os impactos causados pela pandemia de COVID-19, os autores alertam para a necessidade da ciência ser vista não apenas como uma resposta de emergência, mas como uma ferramenta essencial em todo o tempo, sendo um modo de precaução contra possíveis futuros danos pessoais e coletivos contra a saúde das pessoas.
Assim, o sucesso da sociedade diante dos novos desafios que virão estarão diretamente ligados a como os aprendizados gerados pela COVID-19 serão aproveitados em um período pós-pandemia.
Nesse sentido, a Imunobiotech que atuou como parte da resposta contra a emergência do SARS-CoV-2, tem trabalhado para ser um agente de precaução e cuidado com a saúde dos indivíduos em um período pós-pandemia, buscando ser um colaborador para o avanço da inovação na ciência nacional e mundial.
Conheça mais sobre o ImunoScov19:
https://www.loja.imunobiotech.com.br/produtos/imunoscov19/
Responsável: Rafael Castro
Suporte técnico-científico: Giovanni Andrade e Guilherme L. T. Nunes
Supervisão geral: Kátia Delgado
Referências:
https://www.technologyreview.com/2021/02/24/1014369/10-breakthrough-technologies-2021/
Melendez JH, Hamill MM, Armington GS, Gaydos CA, Manabe YC. Home-Based Testing for Sexually Transmitted Infections: Leveraging Online Resources During the COVID-19 Pandemic. Sex Transm Dis. 2021 Jan;48(1):e8–10.
Palacios R, Covas DT, Júnior LCP, Cimerman S. After the pandemic: the role of science in the future of the countries. Vol. 24, Brazilian Journal of Infectious Diseases. Elsevier Editora Ltda; 2020. p. 189–90.
Ramaswamy A, Yu M, Drangsholt S, Ng E, Culligan PJ, Schlegel PN, et al. Patient Satisfaction With Telemedicine During the COVID-19 Pandemic: Retrospective Cohort Study. J Med Internet Res. 2020 Sep 9;22(9):e20786.