Imunidade Humoral e Imunidade Celular - Qual a diferença entre elas?
WhatsApp28 de março de 2022
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A partir do cenário gerado pela pandemia da COVID-19, alguns termos têm se tornado comuns no vocabulário da sociedade devido a importância dos significados dessas palavras. Dentre elas, é possível destacar a palavra imunidade.
Diante da disseminação do SARS-CoV-2 em todo o mundo, desenvolver uma resposta imune contra o novo vírus se tornou um dos principais desejos da sociedade mundial e, dois anos depois, já com um número alto de pessoas que tiveram contato com o vírus e com a avançada disseminação das vacinas, podemos perceber esses anseios começarem a se concretizar.
O desenvolvimento da imunidade é um processo complexo que reúne diversos fatores, sendo que, para explicá-los, é necessário compreender diversos aspectos desse processo. Um exemplo disso são os papéis da imunidade humoral e celular, que são essenciais para o sucesso do desenvolvimento de uma resposta imune a uma doença.
As diferenças entre a Imunidade Inata e a Imunidade Adaptativa
Antes de compreender as diferenças entre imunidade celular e humoral e como elas participam da resposta imune, há ainda dois termos que devem ser explicados, visando trazer uma concepção mais clara do conceito de imunidade, são elas: Imunidade Inata e Adaptativa.
Podemos definir como principal característica das imunidades inata e adaptativa (e, também, a maior diferença entre elas) o período de resposta em que cada uma atua.
A Imunidade Inata age nos primeiros momentos da infecção, sendo a primeira etapa da resposta do organismo aos agentes invasores e parte essencial na defesa contra as infecções. A imunidade inata celular atua a partir de proteínas localizadas na parte externa destas células, que identificam e atacam estruturas típicas de microorganismos, sendo essas proteínas conhecidas como receptores de reconhecimento padrão. É necessário destacar que essas proteínas não são geradas após a infecção, mas estão disponíveis no organismo previamente, sendo eficazes no combate à infecção em um primeiro momento, mas insuficientes para gerar uma proteção a longo prazo.
Por outro lado, a Imunidade Adaptativa (ou Adquirida) atua de forma mais eficaz após cada contato com agentes invasores, sendo essencial para o desenvolvimento de uma resposta imune a longo prazo. (ABBAS et al, 2019)
Para saber mais sobre Imunidade Adaptativa, acesse outro conteúdo em nosso blog onde falamos sobre isso:
https://imunobiotech.com.br/blog/imunidade-adaptativa-e-os-testes-para-covid19/28
O que é Imunidade Celular e Imunidade Humoral?
Ao comparar as diferenças entre Imunidade Celular e Humoral, faz-se necessário compreender como cada uma delas atua individualmente visando o desenvolvimento de uma resposta imune adequada à invasão de qualquer agente infeccioso.
Dessa forma, é possível destacar que a Imunidade Celular atua a partir das ações das Células T (T CD4+ e T CD8+), onde uma grande variedade desse tipo de células atuam no combate a agentes infecciosos, porém sem a ação de anticorpos. Nesse processo, as células T podem ativar a multiplicação celular, no qual uma única célula se transforma em milhares, podendo selecionar quais delas conseguem se adaptar melhor às ações do invasor. As células T (tanto CD4+ quanto CD8+), devido ao seu papel de responder a qualquer invasão, são essenciais tanto para o controle quanto para a eliminação de diversas infecções virais agudas. (CROTTY et al, 2020)
Por outro lado, a Imunidade Humoral atua a partir da ação das células B. Essas células são responsáveis pela produção de uma parte essencial para o desenvolvimento tanto da defesa do organismo contra a invasão de um agente infeccioso quanto para uma proteção de longo prazo: os anticorpos.
Nesse sentido, vale destacar que, para o sucesso do desenvolvimento de uma resposta imune, é essencial que na imunidade adaptativa - parte desenvolvida e mantida por um longo prazo - a ação tanto das células T quanto das células B seja orquestrada adequadamente, sendo os três braços da imunidade (T CD4+, T CD8+ e B) fundamentais para gerar uma boa resposta imune à invasão de qualquer agente infeccioso.
Imunidade celular e humoral na COVID-19
No processo de desenvolvimento de imunidade à COVID-19, tanto a imunidade celular quanto a humoral são essenciais para uma defesa adequada à infecção pelo SARS-CoV-2, sendo a resposta coordenada das células de defesa fundamental para o desenvolvimento do sistema imune.
Assim, ao ocorrer a invasão de um agente infeccioso, seja gerada por uma infecção ou mimetizada em vacinação, as células de defesa de alta especificidade são selecionadas e a multiplicação celular ativada, diferenciando as células B - que produzem os anticorpos - e as células T - que auxiliam e atacam os agentes invasores.
Essa ação é capaz de fortalecer a memória imune, devido a capacidade da Imunidade Adaptativa responder de forma cada vez mais eficaz a cada encontro sucessivo com um patógeno. Dessa forma, este mecanismo justifica a aplicação de doses de reforço contra a COVID-19, principalmente em indivíduos com idade avançada ou imunossuprimidos. (HAQUE et al, 2022)
Quanto tempo dura a imunidade contra a COVID-19?
Ao compreender os diversos fatores que compõem a imunidade e como elas ocorrem na COVID-19, outro questionamento a ser considerado é a duração desta resposta imune no organismo humano.
Em um artigo publicado pela CDC-USA, avaliando casos após a vacinação contra a COVID-19, foi possível perceber a presença de anticorpos neutralizantes contra a proteína Spike (S) mesmo após um período de 6 a 8 meses. Além disso, em outro estudo realizado nos Estados Unidos demonstrou a presença de 87,8% da taxa de anticorpos contra a proteína S mesmo após um período aproximado de 10 meses.
Para saber mais sobre a duração de anticorpos contra a COVID-19, acesse o link abaixo:
É necessário ressaltar que esses dados podem sofrer alterações de acordo com as particularidades de cada indivíduo, sendo necessário analisá-los de forma específica em cada indivíduo.
Nesse contexto, a Imunobiotech recomenda que indivíduos com resultados do ImunoScov19 compatíveis com a imunidade adquirida pós-infecção ou pós-vacinação realizem o teste novamente após um período de 6 meses, para que se possa avaliar o impacto da variação do nível de anticorpos ao longo do tempo.
Saiba mais sobre o ImunoScov19:
https://www.loja.imunobiotech.com.br/produtos/imunoscov19/
REFERÊNCIAS:
ABBAS, Abul K.; PILLAI,Shiv; LICHTMAN, Andrew H.. Imunologia : Celular e Molecular. 9 ed. Rio De Janeiro: Editora Elsevier Ltda, 2019.
Haque A, Pant AB. Mitigating Covid-19 in the face of emerging virus variants, breakthrough infections and vaccine hesitancy. J Autoimmun. 2022;127:102792. doi:10.1016/j.jaut.2021.102792
Responsável: Rafael Castro
Supervisão: Kátia Delgado