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Quais os riscos da Infecção Secundária da Dengue?

27 de junho de 2022


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Quais os riscos da Infecção Secundária da Dengue?

A dengue é uma doença infecciosa viral transmitida por vetor, que possui como seu principal agente de transmissão o mosquito Aedes aegypti. Nessa doença, o vírus da dengue (DENV) pode ocasionar a doença por meio de quatro sorotipos diferentes - DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4. Esses sorotipos podem ser definidos como quatro vírus distintos de uma mesma espécie, mas que estão intimamente relacionados e que interagem de forma diferente com os anticorpos encontrados no soro do sangue humano. 

Até o momento, na semana epidemiológica nº 23 de 2022, foram registrados 1.143.041 casos prováveis de dengue no Brasil. Esses números representam um aumento de 197,1% em relação ao mesmo período do ano anterior no país. Atualmente, a região mais afetada pela dengue no país é o Centro-Oeste, que apresenta uma taxa de incidência de dengue de 1.585,2 casos para cada 100 mil habitantes, sendo acompanhada pelas regiões Sul e Sudeste.

 Em relação à infecção da dengue, um dos aspectos importantes que torna-se necessário destacar são as características e riscos da segunda infecção pelo vírus. Dessa forma, diante do cenário atual do país, conhecer de forma mais aprofundada sobre esse aspecto referente à dengue é de extrema importância para que os cuidados necessários em relação à doença sejam realizados, além de possibilitar uma maior conscientização acerca da dengue.

Os impactos da infecção secundária na dengue

Segundo a Organização Mundial da Saúde, atualmente tem sido possível compreender que a recuperação da dengue desenvolve uma imunidade vitalícia contra o sorotipo que causou a primeira infecção. Entretanto, em relação à imunidade gerada contra os demais sorotipos da dengue, o seu impacto tem sido descrito como parcial e temporário. 

Diante dessas evidências, alguns estudos têm buscado compreender os impactos que uma infecção secundária da dengue pode gerar. Segundo SHUKLA et al (2020), dois estudos clínicos realizados na Tailândia e na Nicarágua buscaram avaliar os riscos de agravamento da doença existentes após a infecção primária e secundária da dengue. Nesses estudos, foi possível perceber fortes evidências da ligação entre baixos níveis de anticorpos anti-DENV pré-existentes e uma maior possibilidade de desenvolvimento de dengue grave. Dessa forma, essa correlação entre baixos níveis de anticorpos e a dengue grave foram descritos como ligados a infecções secundárias geradas por um sorotipo diferente do que ocasionou a primeira infecção. 

Em outro estudo descrito por SHUKLA et al (2020) foram introduzidos, em um grupo de ratos, anticorpos muito específicos contra um mesmo sorotipo que ocasionou a infecção, sendo identificado que, em sua grande maioria, os ratos sobreviveram sem desenvolver dengue grave. Por outro lado, em um segundo grupo de ratos, foram introduzidos anticorpos não específicos que possuíam pouco potencial neutralizante ao sorotipo que gerou a infecção. Dessa forma, os resultados apresentaram uma incidência maior no desenvolvimento de dengue grave e um índice próximo a 100% de mortalidade. 

Além disso, outros estudos realizados na Tailândia, realizados a partir de amostras de plasmas sanguíneos coletados de crianças infectadas pelo vírus da dengue, também identificaram uma maior gravidade da doença relacionada à infecção secundária do vírus.  Esses estudos também conseguiram perceber uma maior possibilidade de dengue grave em infecções secundárias causadas pelo sorotipo DENV2, quando comparadas aos demais sorotipos da dengue.

 

Saiba mais sobre sorotipos da dengue clicando no link abaixo: 

https://imunobiotech.com.br/blog/o-que-sao-sorotipos-da-dengue-/52

 

Ademais, outros estudos realizados em Cuba também identificaram a correlação entre a infecção secundária e o agravamento da doença a partir de evidências que demonstravam um aumento considerável na carga viral ocasionada pela reinfecção.

Assim sendo, torna-se possível perceber que, em caso de uma infecção secundária pelo vírus da dengue, se o sorotipo causador da doença for o mesmo da primeira infecção, a tendência é que os anticorpos com potencial neutralizante possam impedir o desenvolvimento da dengue em sua forma grave. Por outro lado, caso a reinfecção ocorra por um sorotipo diferente do causador da primeira infecção, há uma maior possibilidade do desenvolvimento da dengue grave, devido ao fato dos anticorpos não-neutralizantes e não-específicos possibilitarem que a entrada do vírus da dengue na célula humana ocorra de forma mais facilitada.

 

Descubra como ocorre o diagnóstico de infecção aguda pela dengue clicando no link abaixo: 

https://imunobiotech.com.br/blog/como-ocorre-o-diagnostico-da-infeccao-aguda-de-dengue-/54

 

Responsável: Rafael Castro 

Suporte técnico-científico: Guilherme Luís Tyska Nunes

Supervisão geral: Kátia Delgado

 

Referências:

https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/boletins-epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-epidemiologico-vol-53-no23/view

https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/dengue-and-severe-dengue

Shukla R, Ramasamy V, Shanmugam RK, Ahuja R, Khanna N. Antibody-Dependent Enhancement: A Challenge for Developing a Safe Dengue Vaccine. Vol. 10, Frontiers in Cellular and Infection Microbiology. Frontiers Media S.A.; 2020.

Wang WH, Urbina AN, Chang MR, Assavalapsakul W, Lu PL, Chen YH, et al. Dengue hemorrhagic fever – A systemic literature review of current perspectives on pathogenesis, prevention and control. J Microbiol Immunol Infect. 2020 Dec 1;53(6):963–78.


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